a vida é uma estrada...
Uma sonhadora... uma pequena bailarina esquecida num outro Universo.
sexta-feira, 15 de maio de 2015
15 Maio 15
Começas a perceber que a vida é curta, e que o tempo não pára, não respira e não se alonga, quando aqueles que costumam ser as nossas "referências", aqueles que um dia nos deram colo ou simplesmente aqueles que sabia-mos, ou melhor, achava-mos nós que, estariam para sempre presentes na nossa vida começam a desaparecer. Começas a perceber que não há tempo suficiente, não há mais oportunidades para; E aí vem a angústia, e para os que já perderam antes aquele alguém que era a tal "referência", sabe-se bem a que sabe esta angústia, e esta terrível sensação de "deveria ter feito mais". Mas a vida é assim... Haverá sempre um dia nas nossas vidas em que sentimos o tempo passar mais rápido pela pele, haverá sempre aquele dia, em que todas as palavras do mundo não irão suportar a velocidade do tempo, porque esse, fica mais forte a cada instante, e nós mais fracos perante ele. Por mais forte que eu seja, ou qualquer um de nós o seja, nunca teremos capacidade para combater as circunstâncias que nos rodeiam, a Natureza é assim mesmo. E, apesar do medo que cresce, fico em silêncio, dilacerando por dentro, mas intacta, como uma muralha por fora. Para que, o tempo galopante não me cerque a alma.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Seis e trinta e seis da manhã. De uma manhã precoce, de um primeiro dia de um mês de maio. Seis e trinta e sete. De uma manhã em que a chuva cai, certa e cantada na minha janela. Seis e trinta e tal e já há luz lá fora, luz que acordou o meu corpo de um sono de poucas horas. Mas não o despertou. A vontade de ficar enrolada no pouco calor que resta desta noite tão fugaz, é maior que a vontade de levantar e enfrentar o novo dia. O querer ficar aconchegada nos pensamentos leva-me a ter como melodia de fundo a chuva, que por certo tão cedo não vai parar. E o corpo vai cedendo, vai-se moldando no colchão. Dou por mim a desejar o teu corpo como aconchego, como cobertor nesta manhã chuvosa e preguiçosa. O teu beijo como despertador de um sonho em que quero adormecer. E, as tuas palavras como um conto de fadas, que sussurras ao ouvido ao anoitecer, como esta chuva sussurra nas persianas.
Quase sete... e cada vez mais perto de voltar a dormir. Cada vez mais perto, de acordar de vez. Sem hora marcada, sem tempo definido, deixo que a chuva caia mais um pouco... Aconchega-me, quero dormir só mais umas horas!
Quase sete... e cada vez mais perto de voltar a dormir. Cada vez mais perto, de acordar de vez. Sem hora marcada, sem tempo definido, deixo que a chuva caia mais um pouco... Aconchega-me, quero dormir só mais umas horas!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Saudades da meia-noite e do meio-dia
Escrevo. Escrevo-te. Escrevo-me. Porque como alguém disse um dia, o "papel tem mais paciência que as pessoas", daí que numa folha em branco posso expressar os meus pensamentos: dos mais solitários aos mais extrovertidos, dos mais melancólicos aos mais festivos. Mas o que sobressai, pintado a tinta nesta folha pálida, é a saudade. Amargurada saudade, que se apoderou da minha mão e vai desenhando o teu rosto. Vai moldando poemas que a minha voz não foi capaz de proclamar. Rabisca suspiros de amor, que um dia ficaram engasgados pela dor. E tento respirar um pouco, mais devagar, antes que a saudade me chegue aos olhos e se deixe fluir pela minha pele. O corpo ardente, envolvido pela febre das palavras eloquentes, deixa-se cair. Não cai desamparado, mas vai deixando que as forças se dissipem, vai deixando que aquela febre imensa se espalhe, pela noite fria que corre lá fora. Bem tento que o sono não se apodere ainda de mim, e que a saudade não me deixe só. Só ela é capaz de me lembrar dos momentos em que o teu sorriso iluminou a tempestade que em mim habitava, só ela me faz sentir o toque dos teus lábios. Mas é ela que me enlouquece! É ela que me faz rasgar o silêncio deste quarto. É ela que me dilacera o corpo e a alma. É ela que me magoa o ego e, me faz querer rastejar pelo chão em busca de um pouco de amor. Matem-na já! Eu não sou capaz... Não, não a matem!! Odeio-a, mas quero senti-la mais um pouco, para poder ficar junto a ti só mais um instante
sábado, 27 de setembro de 2014
Amar com palavras ocas
Não há dor
física
Maior do que
a dor de dentro,
Da dor que
se instala e fica
A remoer o
sentimento.
Talvez as
palavras matam…
Algumas
realmente ferem,
Outras
violentas espancam,
Magoam até
sangrarem.
Muitas são
demais,
Muitas
tornam-se poucas,
Para magoarem
não é preciso mais
Do que amar,
com palavras ocas.
Margens
Na margem de
um rio
Estacionam-se
as Estações.
Em cada uma
um calafrio,
Que acelera
os corações.
Não tanto
pela água que corre,
Nem pela
chuva que irá cair.
Mas pela
lágrima que escorre,
Quando o
amor tem de ir.
E, cada uma
“ela” pertencerá,
A cada um
“ele" que partirá.
Eternamente,
ali ficará,
Na margem de
um rio.
Uma gota
mais de saudade,
Em cada
Estação vinculará,
Um adeus
sentido,
No qual um,
se divide em metade.
Cartas para ele
27 setembro de 14
02:09
Meu querido,
Sabes uma
coisa? Tudo isto não seria tão doloroso, se a nossa alma não ficasse presa às
memórias que tu, e o teu nome me trazem. Todo este processo de amor, não seria
tão penoso, quase insuportável, se toda a saudade que trago pregada no meu peito fosse vontade de viver…
Tudo seria
melhor se a mágoa que carrego em mim me transbordasse os olhos e fizesse secar
a fonte de uma vez por todas. Porque esta dor que se associa à rejeição e à
perda, tornou-se física, tornou-se táctil. Vê-se a olho nu. E por muito que
tente transcrever e soltar os sentimentos em traços e rabiscos, estes nunca
lhes farão jus. Não há sentido quando o corpo e a mente estão doridos. Nada se
encaixa, e tudo se transforma num grande e oco vazio.
Não há sono
que resista aos ecos de um coração amargurado, e às melancólicas canções de uma
memória bagunçada. E, a meio da noite a tua presença é mais forte, derivada
talvez de uma alucinação pré-sonho, visto que, o cansaço me interrompe o fio de
pensamento, e torna os meus olhos em portões de ferro. Quero estar mais perto
de ti… Onde estás agora? Se não vieres já, apanha-me no próximo sonho, enquanto
estiver a dormir.
Com amor,
Rita
“Amor” “por favor”!
Chama-me “amor”
Uma última
vez!
Faz isso acontecer
Sem que seja
“por favor”.
Usa um pouco
de sensatez,
E, faz o meu
mundo tremer.
Só te peço
mais um dia
Só mais umas
horas,
Amar-te, eu
queria
Sem compassos
de espera, ou demoras!
Sou Mulher
de escrever prosa em poesia
Tanto a
lápis como de caneta na mão.
Descrevo o
que sinto ou sentia
Sempre contigo
no meu coração.
Sei que o
romantismo
É de outros
tempos
Uma dama e
um cavalheiro
Partilhavam o
seu magnetismo
Pelo olhar,
tal como seus sentimentos.
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