segunda-feira, 30 de maio de 2011

Traição

Como poderá este sentimento
cessar a sua respiração?
Se a chuva e o vento, são o seu alento
e o sangue que ferve no coração.

Como poderá esta força,
romper a sua garra?
Nem mesmo que grite ela ouça,
nem mesmo que atraia a agarra.

Como poderá se extinguir?
Como poderá se deserteficar?
Este chamamento teu, que me leva a cair.
Este santuário espinhoso que te leva a matar.

Vede, como sádico te tornaste,
mentes com toda a tua verdade,
não tens medo de magoar, e assim magoaste,
aquela que por ti morreria de saudade.

Sois sem dúvida pequeno de alma.
Não tendes chama, nem substância.
A pequenez te trai enquanto Homem,
A grandeza física não te acalma.
Pois, em toda a sua polpa e circunstância,
Não és nada! Apenas e só aquele,
que é comido pelos que comem!