sexta-feira, 1 de maio de 2015

Seis e trinta e seis da manhã. De uma manhã precoce, de um primeiro dia de um mês de maio. Seis e trinta e sete. De uma manhã em que a chuva cai, certa e cantada na minha janela. Seis e trinta e tal e já há luz lá fora, luz que acordou o meu corpo de um sono de poucas horas. Mas não o despertou. A vontade de ficar enrolada no pouco calor que resta desta noite tão fugaz, é maior que a vontade de levantar e enfrentar o novo dia. O querer ficar aconchegada nos pensamentos leva-me a ter como melodia de fundo a chuva, que por certo tão cedo não vai parar. E o corpo vai cedendo, vai-se moldando no colchão. Dou por mim a desejar o teu corpo como aconchego, como cobertor nesta manhã chuvosa e preguiçosa. O teu beijo como despertador de um sonho em que quero adormecer. E, as tuas palavras como um conto de fadas, que sussurras ao ouvido ao anoitecer, como esta chuva sussurra nas persianas. 
Quase sete... e cada vez mais perto de voltar a dormir. Cada vez mais perto, de acordar de vez. Sem hora marcada, sem tempo definido, deixo que a chuva caia mais um pouco... Aconchega-me, quero dormir só mais umas horas!

Sem comentários:

Enviar um comentário