segunda-feira, 25 de março de 2013

S(ó)ilêncio


Pego em fragmentos de palavras e tento juntá-las para que formem algum sentido naquilo que me parece ser o meu pensamento. Está tudo tão baralhado que não há forma de acabar com esta confusão. A música não ajuda a encontrar significado nas silabas, e as fotografias só baralham ainda mais o raciocínio. Os sentimentos discutem fervorosamente, e estão divididos pelo coração e pelo cérebro. Parecem bêbados a palavrear o alfabeto pela boca fora. Como podem estar tão atrofiados?
Neste momento, não consigo pensar ou ate mesmo decifrar o meu batimento cardíaco. Tenho pressa de chegar a uma conclusão, mas nada em mim coopera com a minha vontade, tudo em mim entrou em greve desde o momento que fui deixada sozinha. Ou pelo menos, desde o momento que deixei de sentir que estava acompanhada fosse por quem fosse. Sinto-me sozinha até nos meus sonhos, aqueles que tenho á noite, e aqueles que tenho durante o dia…
O choro demora a aparecer, mas vontade não falta, estou tão cansada de estar aqui sem fazer nada, de querer fazer algo e não poder, de querer fugir para o isolamento profundo da alma… agora é mais fácil chorar… eu quero isolar-me mas tenho medo do isolamento. Isto mata! Mata a capacidade para raciocinar correctamente.

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