quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Estranho o amor

É estranho o sentimento que nos envolve numa harmonia constante com a vida, é estranho o facto de nos conseguir transformar e de nos auto instruir. É estranho poder assimilar a este sentimento outros que são por norma nefastos e perigosamente destruidores. É estranho, nunca ninguém se ter deparado com este sentimento e é também estranho que todos o admirem embora nem todos o tenham experimentado verdadeiramente. É contraditório por si mesmo, é explosivo e calmo, mata e cria vida! Faz-se tudo quando se está apaixonado, loucuras triviais que se transformam em grandes e lindas declarações de amor, o amor torna cada singelo gesto num grande acontecimento, faz de um sorriso uma fotografia de um céu estrelado, faz de um olhar um livro de palavras por dizer e que nem precisam de ser ditas… Faz de um beijo um festival de fogo-de-artifício!
O amor faz-nos capazes de realizar impossíveis, torna-nos grandes e imponentes. Somos no nosso mundo os Reis e rainhas. Somos como um campo na primavera, em que a todos os instantes brotam novas flores para mostrar a sua grandiosidade e a sua beleza que durante um longo inverno permaneceu adormecida. Nós somos como as flores quando nos apaixonamos, ao abrirmos o nosso coração, abrimos a nossa beleza para o mundo, mostramos a todos quem realmente somos e quão belos também. Será repetir mais uma vez o que toda a gente sabe, ou pelo menos quem já participou deste arraial de sentimentos, mas o amor cura o mal dentro de nós, transforma-nos em pessoas transparentes, cúmplices de nós mesmos, não há lugar para a mentira ou para a falsidade, quando o sentimento é verdadeiro todo o nosso percurso é verdadeiro, toda a nossa conduta se torna completamente aparte do mundo real, e daí que “o nosso mundo” é um mundo de fantasia, surrealismo… Onde tudo é perfeito, onde ninguém pode estragar a nossa alegria e os nossos sonhos.
O problema é a percepção do mundo real, e portanto dos sentimentos comuns, mas também dos sentimentos que andam de mão dada com o amor… As saudades! Ai matem-nas por favor! Senão elas é que nos matam …

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