quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



Hoje, pediste-me desculpa.


Não é todos os dias que isso acontece, para ser mais precisa, raramente isso acontece. Ninguém é perfeito... Ninguém é superior a ninguém... e hoje, demonstraste-me o que se é capaz de fazer para remediar os erros, quando magoamos alguém de quem gostamos muito. Nunca tornaste a palavra "desculpa" banal, e por isso, quando hoje a disseste, foi mais profunda, mais intensa, e teve mais efeito em mim, e a forma como a disseste foi muito delicada, como se de uma flor estivesses a tratar, e com todo o cuidado, a regasses suavemente... e depois aconchegasses a terra á volta, para que esta se sentisse mais confortável...


Por isso, por toda essa delicadeza, senti-me na obrigação de te responder á letra, pois tamanhas palavras doces, e meigas, mereciam sem dúvida uma resposta á altura...




"Agora retrocedo, leio os versos.


Conto as desilusões no rol do coração.


Recordo o pesadelo dos desejos.


Olho o deserto desolado..."


Miguel Torga, in "Diário VII"


....tens razão, estou um bocadinho chateada...mas o desejo de estar bem contigo é mais forte...fala mais alto. E não vão ser as verdades que me disseste ontem, nem aquilo que pensas que me vão retirar o sentimento mais puro que algum dia poderá existir...o amor.
Amo-te.

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